domingo, 15 de dezembro de 2013

assistencia ao paciente portador de IAM

Assistência de Enfermagem Infarto Agudo do Miocárdio(IAM).


                                                                Conceito:


            Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) se refere à morte de parte do músculo cardíaco (miocárdio), que ocorre de forma rápida devido à obstrução do fluxo sanguíneo das artérias coronárias para o coração.

            Oclusão coronariana, ataque cardíaco e IAM são sinônimos, mas o termo preferido é IAM

Fisiopatologia

            O suprimento de sangue para o coração é feito através das artérias coronárias, que surgem diretamente da artéria aorta.

            Geralmente o IAM é causado pelo fluxo sanguíneo reduzido de uma artéria coronária devido a ruptura de uma placa aterosclerótica e a subseqüente oclusão da artéria por um trombo (placa de gordura) que obstrui a passagem de sangue para o miocárdio.

            Quando estas placas de gordura causam obstrução ao fluxo sanguíneo das coronárias para o coração, o músculo cardíaco sofre pela falta de sangue/oxigênio e começa a morrer. Por isso, o tratamento deve ser feito rapidamente, no sentido de desobstruir as artérias coronárias e evitar a morte do músculo cardíaco.

            A área de infarto se desenvolve de minutos a horas. Pois a medida que as células são privadas de O2, a isquemia se desenvolve, ocorrendo, a lesão celular e a falta de O2 resulta na em infarto ou morte das células.

            Resumindo a principal causa do IAM está relacionada à presença de uma Doença Arterial Coronariana (DAC). Que é uma doença onde há a deposição de placas de gordura por dentro das paredes das artérias coronárias.

Outras causas

                    Espasmo coronariano, (colabamento das paredes das artérias coronárias), impedindo o fluxo sanguíneo ao coração. Embora não se saiba ao certo o que causa o espasmo das artérias coronárias, muitas vezes esta condição está relacionada a: Uso de determinadas drogas, como a cocaína, Dor intensa ou estresse emocional, Exposição ao frio extremo, Tabagismo.
                               Suprimento de oxigênio diminuído: Devido a uma perda sanguínea aguda, anemia ou hipotensão.
                   Demanda aumentada para oxigênio: como  ocorre na taquicardia, ingestão de cocaína


Manifestações clínicas

            Dor torácica; Palpitações; Dispnéia; Indigestão, Náuseas e vômitos; Ansiedade; Medo; Sensação de morte iminente.

Fatores de risco

            Modificáveis: Tabagismo, Hipertensão arterial, Colesterol alto, Sobrepeso e obesidade, Sedentarismo, Diabetes Mellitus.

Não modificáveis:
                               Idade: o risco aumenta para homens acima de 45 anos ou para mulheres acima de 55 anos (ou após a menopausa).
                  História familiar de doença arterial coronariana (DAC):O risco aumenta se o pai ou um irmão foi diagnosticado com DAC antes de 55 anos de idade, ou a sua mãe ou uma irmã foi diagnosticada com DAC antes de 65 anos de idade.

Diagnóstico

      Sinais e sintomas apresentados pelo paciente;
      Histórico familiar;
        ECG;
                    Exames laboratoriais: dosagens das enzimas cardíacas (Troponina CK-Total, CK-MB, Mioglobina TGO e LDH.
                    Angiografia coronariana: Cateterismo cardíaco, que é a introdução de um cateter nas artérias do coração, verificando se há obstrução coronariana. Caso seja encontrado realiza-se a angioplastia (desobstrução coronária e restauração do fluxo sanguíneo para o coração).

Prevenção

        Evitar o tabagismo;
        Dieta balanceada;
        Monitorar e tratar HAS e DM;
        Controlar e tratar o colesterol,
        Praticar atividade física.
        Perda de peso;

Classificação de Killip

            Esta classificação é baseada em dados clínicos que estudam a gravidade da insuficiência ventricular nos pacientes com IAM. Muito usada na avaliação da mortalidade em geral.
                    Killip I: Sem dispnéia, terceira bulha ou estertoração pulmonar. Mortalidade de 6%.
                    Killip II: Dispnéia e estertoração pulmonar nos 1/3 inferiores do tórax. Mortalidade de 17%;
                    Killip III: Edema agudo de pulmão. Mortalidade de 38%;
                    Killip IV: Choque cardiogênico. Mortalidade de 81%.

Tratamento

                              Oxigênioterapia;
                  Angioplastia coronariana;
                    Medicamentos: Anticoagulantes, trombolíticos, analgésicos, anti-hipertensivos, beta-bloqueadores (diminuem a sobrecarga do coração)

Diagnósticos de Enfermagem

                           Risco de troca de gases prejudicada relacionada com a sobrecarga de líquidos.
            Meta: Ausência de dificuldades respiratórias.

                           Perfusão tissular cardíaca ineficaz relacionada com o fluxo sanguíneo coronário reduzido.
            Meta: Alívio da dor/desconforto torácico.

               Ansiedade
Meta: Diminuição da ansiedade.

                              Risco de perfusão tissular periférica ineficaz relacionada ao débito cardíaco diminuído.
Meta: Manutenção/obtenção da perfusão tissular adequada.

                           Déficit de conhecimento sobre o auto-cuidado pós IAM.
Meta: Adere ao programa de cuidados de saúde domiciliar.
           Escolha o estilo de vida compatível com recomendações saudáveis para o coração.

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