É a
técnica utilizada para favorecer a cicatrização de feridas, promovendo um meio
terapêutico ideal para cada tipo e fase e, eliminando os fatores que possam
estar retardando sua cura.
Finalidades:
·
Retirar
corpos estranhos.
·
Reaproximar
bordas separadas.
·
Proteger
contra contaminação e infecções.
·
Promover
hemostasia.
·
Preencher
espaço morto e evitar a formação de sero-hematomas.
·
Favorecer
a aplicação de medicação tópica.
·
Desbridar
mecanicamente, removendo tecido necrótico.
·
Diminuir
o edema.
·
Absorver
exsudato.
·
Manter a
umidade da superfície da ferida.
·
Fornecer
isolamento térmico.
·
Proteger
a cicatrização da ferida.
·
Limitar a
movimentação dos tecidos em torno da ferida.
·
Dar
conforto psicológico ao cliente.
·
Diminuir
a intensidade da dor.
Tipos de
Curativos:
Semi-oclusivo: curativo
absorvente, comumente utilizado em feridas cirúrgicas. Possui diversas
vantagens: permite a exposição da ferida ao ar, absorve exsudato e o isola da
pele saudável adjacente.
Oclusivo: não permite a passagem
de ar ou fluidos, funcionando como uma barreira contra bactérias. Tem como
vantagens: vedar a ferida; impedir a perda de fluidos; promover o isolamento
térmico e de terminações nervosas e impedir a formação de crostas.
Compressivo: utilizado para
reduzir o fluxo sanguíneo, ou promover estase, e auxiliar na aproximação das
extremidades do ferimento.
Sutura com fita adesiva: após a
limpeza da ferida, as bordas do tecido seccionado são unidas e a fita adesiva é
fixada. Esse tipo de curativo é apropriado para cortes superficiais e de
pequena extensão.
Curativos abertos: são realizados
em ferimentos descobertos e que não têm necessidade de serem ocluídos. Algumas
feridas cirúrgicas (após 24 horas), cortes pequenas ou escoriações,
queimaduras, etc. são exemplos desse tipo de curativo:
Seco: fechado com gaze ou compressa seca.
Úmidos:
fechado com gaze ou compressa umedecida, com pomada ou soluções prescritas.
Drenagens:
usado em ferimentos com grande quantidade de exsudato, coloca-se dreno
(penrouse ou Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
Material:
·
Bandeja.
·
Pacote de
curativo estéril (01 pinça Kocher, 01 pinça Kelly, 01 pinça Dente de rato e 01
pinça Anatômica).
·
Frasco de
SF 0,9%.
·
Agulha
40x12.
·
Saco
plástico para lixo.
·
Pacote de
gaze estéril.
·
Fita
adesiva.
·
Solução
anti-séptica, pomadas, cremes ou curativos especiais.
·
Luvas de
procedimento.
·
Máscara.
·
Forro de
papel, pano ou impermeável para proteger a cama do cliente.
Descrição
da Técnica:
·
Lavar as mãos.
·
Preparar
o material e colocar sobre o carrinho de curativos.
·
Orientar
o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.
·
Solicitar
ao acompanhante que aguarde fora do quarto e/ou posicione o biombo.
·
Realizar
a limpeza da pele adjacente à ferida.
·
Realizar
a limpeza da área menos contaminada para a mais contaminada, evitando
movimentos de vai-e-vem (nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a
pele localizada ao redor da ferida, ao passo que nas feridas infectadas, a área
mais contaminada é a do interior da ferida).
·
Secar a
pele ao redor da ferida sem tocar em seu leito.
·
Adequar o
curativo ao tamanho da ferida.
·
Remover
secreções, corpos estranhos e tecido necrótico.
·
Lavar a ferida
com soro fisiológico em jato ou com solução anti-séptica (em feridas
infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção dos cateteres
centrais).
·
Utilizar
cada gaze uma única vez.
·
Proteger
a área da lesão com gaze em quantidade suficiente para cobri-la.
·
Fixar o
curativo com atadura ou esparadrapo.
·
Colocar a
data, a hora e seu nome sobre o curativo, com fita adesiva.
·
Desprezar
os materiais descartáveis usados no saco para lixo.
·
Reunir os
materiais e guardá-los.
·
Lavar as
mãos.
·
Anotar o
procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.
Obs. Para que se faça a escolha de um
curativo adequado é essencial uma avaliação criteriosa da ferida. Essa análise
deve incluir : condições físicas, idade e medicamentos; localização anatômica
da ferida; forma, tamanho, profundidade , bordas, presença de tecido de
granulação, presença e quantidade de tecido necrótico e presença de drenagem na
ferida.
Fonte - Feridas: fundamentos e
atualizações em enfermagem/organizadores, Roberto Carlos Lyra da Silva, Nébia
Maria Almeida de Figueiredo, Isabella Barbosa Meireles. - São Caetano do Sul,
SP: Yendis Editora, 2007.
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